quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

1ª reunião pedagogica (pais e mestres)

Nossa 1ª reunião pedagogica aconteceu no dia 13/02 e foi bastante agradável. Uma pena que nem todas as mães puderam comparecer. Na reunião foi possível conhecer melhor cada mãe e apresentar nosso trabalho. Apresentei um ditado realizado no dia 12 que demonstra com bastante clareza como a turma está, tendo alunos que já atingiram a escrita convencional e outros que ainda parecem estar muito longe dela. Na verdade apenas 5 crianças têm essa noção de escrita.
A reuinão foi uma boa oportunidade de explicar como se dá o ensino na Alfabetização atualmente, as tendências e os nossos referenciais teóricos. Bem diferente do tempo em que eu (por exemplo) fui alfabetizada, com aquela cartilha bonitinha e cadernos de caligrafia copiando frases sem importancia como "o bebe baba na babá", hehehe. As investigações sobre as questões da alfabetização giravam em torno de uma pergunta: "Como se deve ensinar a ler e escrever?" Mas hoje, graças a Emília Ferreiro e equipe a pergunta que fazemos é "como se aprende a ler e escrever". E sabemos que é pensando sobre a escrita que se dá esse processo. Em seu livro A Psicogênese da Lingua Escrita, Ferreiro apresenta uma análise dos níveis de conceitualização da escrita. Segundo seus estudos, a criança passa por fases/períodos/níveis de processo de aquisição da escrita (hipóteses da escrita). Na reunião expliquei cada um desses níveis através da escrita dos meus próprios alunos (e filhos/filhas das mães presentes).
Esse livro de Emília Ferreiro é muito bom, com certeza referencia para todos os alfabetizadores comprometidos, mas gostaria de indicar um outro, talvez de leitura mais acessível. É o PSICOLOGIA DO PRÉ-ESCOLAR: Uma visão construtivista, de Maria da Glória Seber. Muito bom, aborda o mesmo assunto, apresentando inicialmente de modo geral as linhas pedagógicas existentes para então aprofundar-se na visão construtivista. Creio que para os pais mais interessados essa é uma excelente leitura. Pelo menos o foi para mim, quando estava na faculdade e surgiram com essa "novidade" de construtivismo e fases da escrita. Confesso que a princípio, quando cursava a faculdade, achei tudo isso coisa de doido, hehe. E dizia a mim mesma "vou continuar com o bebe baba na babá" A leitura desse livro, associada à prática pedagógica, claro, me tirou muitas dúvidas e tabus.

9ª a 15ª aula

Às vezes fica dificil parar para postar no blog, mas, depois de alguns dias ausente da internet, estou de volta para para atualizar nosso diário.
Esta foto do dia 12 mostra as crianças estudando matemática. Isso mesmo. A primeira criança da fila vai até um local onde há vários números, sorteia um e corre até outro local onde há um pote o qual ela deve encher de letras de acordo com a quantidade do número sorteado. Depois volta para o fim da fila e a próxima criança segue com o mesmo procedimento, até que todas participem. Ganha o grupo que acertar todos os potes. Nesse período ainda há muitas crianças que não ligam o numeral à quantidade, portanto o grupo vencedor não é o que termina primeiro, mas o que acerta todas. Na foto abaixo, Lucas está com o número 9, e deve colocar 9 letras no pote.
Na semana que antecedeu o carnaval aproveitei para trabalhar com tinta, lápis de cor e cola colorida, do jeito que eles gostam. Na foto abaixo, Evandro coloriu o menininho brincando carnaval com fantasia de pirata e está enfeitando o cenário com cola colorida, fazendo os confetes.
No dia 20 a escola fez um baile de máscaras. Melhor seria se eles mesmos tivessem confeccionado suas próprias máscaras, mas eu quis ter o prazer de fazê-las. Trabalhei artes, criatividade, coordenação motora e tudo mais que seria trabalhado na confecção das máscaras em outras atividades.
Não consegui uma foto boa de frente das crianças porque elas não pararam de jeito nenhum, e eu prefiro fotos naturais, espontâneas, que são muito mais sinceras do que uma foto com pose. Nesta acima Matheus, Evandro e Betinho, brincando com outro menino (não lembro quem) que não saiu na foto.